Ando com medo, mas não sei exatamente do que. Me encontro sozinha, mas não ao ponto de gostar da solidão. Sinto saudade de um abraço, mas está difícil sentir algum verdadeiro.
As pessoas andam sorrindo para mim, mas não são verdadeiras. O mundo é cruel. Me pergunto se é necessário ser cruel para fazer parte dele. Seria uma crueldade tamanha.
Ando cansada, mas não o suficiente para desistir. Ando desconfiada, mas não cheguei ao ponto de não acreditar mais. Ando escrevendo, porque muitas vezes falar não é suficiente.
Ando sorrindo menos, mas não quer dizer que meu sorriso está se apagando. Ando chorando mais, ao ponto de soluçar, é apenas uma forma que me encontro para desabafar.
Ando pensando mais, entretanto, os pensamentos são traidores. Ando triste, mas não quer dizer que estou infeliz. Ando querendo ficar longe das pessoas, porém, não quer dizer que não as quero perto de mim, mas só quero quem quer ficar perto de mim.
Ando confusa, mas quando não fui?
Me vejo em uma TV de 42 polegadas e pergunto: o sonho virou realidade?
“Talvez cercado por um milhão de pessoas, eu ainda me sinto totalmente sozinho. Eu só quero ir para casa...” (Home – Michael Bublé)
